quarta-feira, 19 de abril de 2017

Não és homem nem és nada

Eu ainda sou do tempo em que a corrupção se fazia sem dinheiro, entre homens! Não havia cá notas por baixo da mesa, vouchers para restaurantes gourmet ou contas na Suíça em nomes de (grandes!) amigos. Se alguém precisava que um amigo fizesse alguma coisa, normalmente uma asneira das grandes (ou seja, o motivo mantém-se), bastava proferir a mítica e inexorável afirmação retórica "não és homem, nem és nada!", e estava feito. Podia ser a coisa mais estúpida, mais imbecil, mais perigosa, mais desonesta, mais reprovável... se alguém ousasse dizer estas palavras, era certinho que o amigo ia fazê-lo. Pela honra, claro! Como hoje. Só que na altura tínhamos 14 anos e fechar o amigo todo nu fora de casa não fazia assim tanto mal aos outros.
Eu acho-lhe uma graça...!

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