sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O copo meio cheio

Todos nós já passámos por aquele momento em que estamos num bar, numa festa de verão, num convívio, numa discoteca, num festival de música, no meio da multidão... e queremos beber uma cerveja! Isto não é um problema, são vários. O sítio onde se vendem está longe, é preciso passar no meio da multidão, perder o nosso posto tão confortável que tínhamos arranjado, levar encontrões de todo o lado... E chegando lá continuam. É preciso senhas pré-compradas noutro lado qualquer, está uma fila descomunal, e raramente nos dão um fino à borla por cada um que pedimos. Ninguém gosta deste ritual. E olhem que há quem goste muito de cerveja! Toda a gente liberta, mesmo que seja em silêncio, um "epáááá..." de desalento, num misto de desejo de matar a sede com uma cervejinha com uma quase certa odisseia desesperante para consegui-lo... Toda? Não! Uma pequena aldeia, habitada por irredutíveis gauleses ... esqueçam, isto é outra história.
Há sempre um amigo que está disponível para ir buscar os finos de toda a gente! Como? Porquê?! Qual pode ser a vantagem de ir buscar 5 finos e passar por este cenário todo, agravado pelo facto de ter que voltar para trás com cinco finos nas mãos, e entornar metade de cada copo no caminho? É precisamente aí que está o ouro, meus caros. O gajo sabe perfeitamente que ninguém o vai chatear quando ele chegar com cada copo um pouco menos cheio, porque toda a gente sabe pelo que ele tem que passar... com cinco finos na mão. Pois é, a verdade é que ele não os foi entornando pelo caminho com os encontrões... ele bebeu, pelo menos, um golito ou dois de cada copo. Este gajo, de cada vez que lá vai, é um grande amigo, mas bebe pelo menos o equivalente a um fino dos copos todos! E ainda fica com um fino para ele à borla, porque é mais fácil convencer o pessoal que serve a oferecer um fino por cada cinco, de vez em quando. Não admira que ao final da noite esteja a puxar uma carroça. "Epá, entornei um bocadinho sem querer de um copo ou dois, está muita confusão". Ai é, meu estadulho, e vens com os copos todos a meio porquê?!
Eu acho-lhe uma graça...!

sábado, 3 de setembro de 2016

Mais uma voltinha, mais um gritinho

Alguém me explica o que vai na cabeça daquelas pessoas que vão andar num carrossel e quando aquilo abranda a meio antes de andar outra vez ainda mais depressa e o senhor que põe aquilo a andar pergunta ao microfone "querem maaaais?" elas dizem "nããããão"...?! Ou melhor, alguém lhes explica que o objectivo é andar o máximo de tempo possível, e que aquilo ande o mais depressa possível? E eu não estou a falar dos que dizem "nããããão" a brincar, mas sim dos que estão mesmo a falar a sério. E começam também a fazer gestos e a gritar para os amigos que estão cá em baixo "Eu não quero mais! Chega! Vão lá dizer para parar! Nããããão...". Por acaso estas pessoas vão ao cinema e ao intervalo pedem para passar logo para aquelas letras do fim!? Pois, claro que não.
Também há aqueles que vão aos gritos do início ao fim, em falsete. Acham que aquilo é mais engraçado se forem o tempo todo aos gritinhos. Tenho uma novidade para vocês, não é fixe, é só... irritante, vá. Mais irritante só aqueles que passam a viagem toda a dizer adeus cá para baixo, mais ou menos como aqueles putos que vão no carro virados para trás a dizer adeus até obrigar o condutor que vem atrás a fazer um desvio só para não ter que os aturar mais. Estes ainda é pior porque como aquilo anda às voltas eles entram num loop de acenos em que o entusiasmo deles se renova a cada volta. Os putos no carro ao menos fartam-se e alguns desistem.
Eu acho-lhes uma graça...!